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REVIEW: SteamWorld Dig 2 (PC, Switch, PS4, Vita)

SteamWorld Dig 2
Data de lançamento: 22 de Setembro de 2017
Desenvolvedora: Image & Form
Publisher: Image & Form
Plataformas: PC, Switch, PS4 e Vita (Cross-Buy)
Preço: U$19,99

Eu trombei em SteamWorld Dig em Novembro de 2014, quando foi um dos jogos oferecidos no serviço da PlayStation Plus para o PS4 e Vita. Era um momento onde o catalogo ainda reduzido do console e a sede em jogar alguma coisa no videogame novo me faziam tirar o máximo dos jogos oferecidos no serviço (algo que hoje raramente faço). E posso dizer sem duvidas que foi uma das surpresas mais positivas que tirei desses anos de PS+, e que futuramente me fez ficar bem animado com a ideia de uma sequência.

O universo steampunk de SteamWorld se passa no final do seculo XIV/começo do seculo XX, onde os Steambots (robôs movidos a vapor) acabaram virando a população principal da terra, enquanto os humanos passaram a habitar as cavernas subterrâneas. SteamWorld Dig 2 é o quarto jogo nesse universo criado pelos Suecos da Image & Form e se passa após SteamWorldTower Defense e SteamWorld Dig 1, porém antes de SteamWorld Heist.

Nessa sequência controlamos Dorothy, uma Steambot em busca de Rusty, seu amigo que desapareceu e foi visto pela ultima vez adentrando as minas da cidade de El Machino. Rustyinclusive é o protagonista de ”Dig 1” (onde Dorothy é um dos NPC’s), e os eventos finais do primeiro jogo se encaixam direto aqui. Dada a premissa da história, o objetivo de Dot é descender as minas de El Machino atrás de Rusty.

O loop básico de gameplay em ”’Dig 2” é praticamente o mesmo do primeiro. Uma picareta te possibilita cavar mina adentro e também atacar inimigos, aqui presentes em sua maioria na forma de animais exóticos das profundas cavernas. Essa particularidade da escavação é o grande diferencial de SteamWorld Dig 1 e 2 pra outros jogos de plataforma e Metroidvanias. O jeito de como se mover pela mina, seja para baixo ou para cima, depende das ações do jogador no terreno, e faz toda a diferença pra sua experiencia, podendo facilitar ou dificultar muito a sua vida. E aqui na sequência diferentemente de SteamWorld Dig 1, as minas não são geradas de forma procedural então o design é pensado exatamente em muitas vezes te por em situações onde pensar antes de agir é essencial.

Durante as escavações pra acessar áreas especiais das minas, blocos com pedras preciosas são encontrados e após minera-las é possível levar a cidade de El Machino para vende-las. Se o jogador morrer, perde-se todo o loot e Dorothy é remontada na cidade. O dinheiro é usado para comprar upgrades para as diferentes habilidades de Dorothy. Além do dinheiro, existem engrenagems para ser encontradas no mapa também, que podem ser usadas para modificar os gadgets de Dot e variar ainda mais o seu repertório.

Essas habilidades são obtidas em cavernas especiais nas minas, e muitas vezes são essenciais pra progressão na história, o que representa bem a faceta de Metroidvania do jogo. SteamWorld dig faz muito bem aquela tradicional curva de melhorias e no fim do jogo com tudo de melhor ao seu dispor faz com que Dorothy tenha um leque de movimentação dos mais divertidos e fluidos do gênero. Se no começo o ritmo é lento e as sessões de escavação são curtas e viagens a El Machino são constantes para salvar o progresso e vender a mercadoria, pro final varias opções de combate e progressão tornam o jogo muito mais dinamico.

São três ambientes principais e variados em SteamWorld Dig 2, todos com suas particularidades na escavação e inimigos. Uma das poucas coisas que me incomodou enquanto explorava essas áreas é que apesar de o jogador ter bastante liberdade de como agir na exploração, ele segura muito o jogador pela mão e já da uma clara indicação de onde ir. Segredos e areas focadas num end game estão até bem escondidos e dependem muito da percepção do jogador para serem encontrados, mas a história principal não apresenta nenhum desafio do tipo

Outro momento onde as mecanicas de escavação fazem toda a diferença pra manter o jogo diferente de outras experiencias do tipo são nas boss battles encontradas no fim dessas áreas. Todas utilizam bem as facetas únicas de SteamWorld Dig no seu design.

Ao longo dessa jornada (que durou algo em torno de seis horas no meu primeiro playthrough) um elenco de personagens super simpáticos aparecem na história. O mistério por tras da narrativa não é nada demais, mas os dialogos entre Dot e os NPC’s é bem divertido. O clima é bem leve durante a aventura, e isso é refletido também na boa trilha sonora.

VEREDITO

SteamWorld Dig 2 segue com louvor a cartilha da sequencia bem sucedida. Mantém as mecanicas que fizeram o primeiro jogo se destacar e cresce em escopo e melhora a qualidade do seu gameplay e design. Foi aquele tipo de jogo onde assim que terminei voltei imediatamente pra esse charmoso mundo por conta do seu viciante loop e gameplay extramamente divertido. É mais um pra conta dos excelentes jogos de 2017

NOTA: 8.8/10


O review foi baseado em uma cópia de PS4 fornecida pela Image & Form