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REVIEW: GNOG (PS4, PSVR)

Data de lançamento: 02 de Maio de 2017
Desenvolvedora: KO_OP
Publisher: Double Fine Productions
Plataformas: PS4, PSVR (futuramente para PC, IOS e MAC)
Preço: U$14,99

2017 tem sido um ano espetacular pros videogames. Jogos com valores de produção absurdos e conteúdo pra dezenas e dezenas de horas estão presentes em pelo menos uma duzia de títulos de qualidade lançados esse ano. E no meio desse caos todos das experiencias pesadas dos AAA, GNOG foi pra mim um bom ”jogo de descanso”.

GNOG é um jogo que mistura puzzles 3D com experiencias sonoras e visuais. A premissa básica é experimentar com o cenário e resolver puzzles apertando botões, interruptores, sliders, girando registros e coisas do tipo dentro da cabeças de monstros,  resultando sempre num turbilhão de cores e sons ao se resolver o quebra cabeça e dar vida a cabeça desses monstros.

Cada uma das nove cabeças consiste de um diferente tema e suas soluções também são atreladas a isso. Por exemplo, o objetivo do conjunto de puzzles VORT-X é consertar uma nave espacial, em EATER tem que se preparar uma refeição, e em PURP-L a solução é usar suas características de sintetizador pra construir e remixar uma musica. Não existe um proposito ou uma narrativa central de porque resolver esses puzzles, e apesar de cada cabeça tem uma historinha leve e subjetiva rolando, a recompensa é simplesmente a experiencia que se tem durante essas resoluções. São pequenas coleções de experiencias audiovisuais super interessantes, e em termos de dificuldade o jogo tem uma linha simples mas que apesar de ele não te dar de bandeja as soluções, tudo é inteligentemente posto em um contexto com cada tema das cabeças. De primeira as soluções podem não parecer tão obvias, mas é observando e experimentando que se enxerga que todas encaixam com as premissas dos puzzles. Só é uma pena que apesar de bem variadas,  e com proposições de solução bem diferentes, são poucas cabeças disponíveis e eu gostaria de ter tido mais.

Uma das qualidades mais chamativas de GNOG são a trilha e os efeitos sonoros. Marskye compôs uma trilha que combina extremamente com os visuais do jogo e que é tão boa que também funciona fora do ecossistema de GNOG.

O jogo também é compatível com o PlayStation VR, e eu imagino que por conta dos aspectos artísticos de alta qualidade, que esse deva ser o melhor jeito de experienciar GNOG.

VEREDITO:

As duas horas de GNOG são bem leves e não tanto desafiadoras, mas ainda sim resolver esses puzzles e fazer as cabeças funcionarem conseguem ser processos divertidos. Os visuais e a musica fazem com que essa seja uma experiencia relaxante e bem unica, e que apesar de bem simples, ficou sim me deixando na vontade de mais conteúdo do tipo.

NOTA: 7.5/10


O review foi baseado em uma cópia de PlayStation 4 fornecida pela Double Fine Productions.