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REVIEW: Superliminal (PC)


Data de lançamento: 12 de Novembro de 2019
Desenvolvedoras: Pillow Castle Games
Publishers: Pillow Castle Games
Plataformas: PC (EPIC GAMES STORE)
Preço: U$19,99


Depois que o Portal se tornou um sucesso surpreendente em 2008, vimos muitos jogos que foram influenciados pela premissa do jogo de puzzle dinâmico, em primeira pessoa e cheio de um viés narrativo. Talvez tenha a ver com o ponto de vista mais imersivo, mas os jogos em primeira pessoa com protagonistas silenciosos têm sido muito bem sucedidos em transmitir com muita intensidade a sensação recompensadora de descobrir o que fazer e resolver um quebra-cabeça. The Talos Principle, Stanley Parable, Quantum Conundrum (criado por uma das designers do Portal), The Witness, Q.U.B.E, Antichamber e muitos outros passaram por caminhos semelhantes na última década.

Definitivamente Superliminal nasceu desse mesmo tipo de influência, usando a ideia da perspectiva forçada como seu mecanismo diferencial. Você pode transformar a natureza de um objeto apenas olhando para ele com um ponto de vista diferente. É uma escolha de design brilhante que é facilmente assimilada ao assistir a um gif do jogo em ação:

Assim como todos os outros jogos mencionados na abertura, você precisará fazer algumas observações do ambiente para descobrir como resolver os quebra-cabeças. Eles também atuam fortemente no aspecto narrativo do uso de uma corporação (aqui chamada SomnaSculpt) como cenário e origem das interações de diálogo. Eles até têm um A.I falando com você durante o jogo, embora não seja nada tão memorável ​​quanto o GLaDOS por exemplo

É usado aquele tom esperado do discurso corporativo, com o ponto de vista sarcástico usual em torno das coisas terríveis que essas políticas da empresa às vezes permitem. É bem escrito o suficiente para nos fazer prestar atenção sempre que a música ou o silêncio é interrompido por um dos discursos, mas não é nada extremamente fascinante. A premissa é que você está em uma clínica especializada em monitoramento do sono, e as situações que enfrenta fazem parte de um “treinamentos dos sonhos”, por assim dizer. É uma premissa simples, mas que é convincente o bastante e que permite que algumas situações surreais que acontecem ao decorrer do jogo façam algum sentido.

Eu realmente não quero estragar quantas e de que maneiras diferentes eles usam a ideia da premissa ”Percepção é realidade ” na qual o jogo se baseia, mas fiquei satisfeito ao ver que nas duas horas que me levou para terminar o jogo, eles ofereceram uma grande variedade de usos em torno dessa mecânica básica, e houve uma quantidade considerável de momentos de em que fiquei boquiaberto com as soluções propostas para os problemas.

Porém eles nunca se aprofundam demais e se tornam mais desafiadores e complexos em qualquer uma dessas idéias em cima da mecânica principal, o que é uma pena, porque eu adoraria ter experimentado Superliminal por mais tempo, especialmente porque, no final, o jogo decide experimentar menos com sua mecânica e foca mais sobre como resolver o aspecto narrativo da coisa toda. É uma decisão compreensível, com um final agradável, que traz uma mensagem muito bacana, mas fiquei querendo mais dessa experiência de jogo.

VEREDITO

Superliminal é um jogo difícil de se discorrer sobre sem podermos mencionar mais a fundo os detalhes do porquê a experiência acaba sendo tão brilhante, mas confie em mim que este é um jogo curioso e inteligente, e que também carrega uma dose inesperada de mensagens positivas no final.

8.0/10


Este review foi baseado em uma cópia de PC fornecida pela Pillow Castle games