Com o comunicado de Neil Druckmann de que Uncharted 4: A Thief’s End foi adiado para a primavera norte americana de 2016, ficou a duvida de o que a Sony trará para a ”Fall/Holiday Window” de 2015. Um período (Setembro – Dezembro) que geralmente traz os grandes jogos do ano como os Call Of Duty, Assasins Creed, e os exclusivos de impacto. A Microsoft, por exemplo, planeja lançar Forza Motosport 6, Rise of Tomb Raider e o grandioso Halo 5: Guardians nessa janela. Claramente, o Xbox One está em vantagem contra o PlayStation 4 no momento. Mas o que a Sony pode trazer para bater de frente com Phil Spencer e sua caixa X?
Vale lembrar que no ano passado a Sony teve um final de ano fraco, lançou Little Big Planet 3 e Driveclub que não agradaram muito e nem venderam tão bem. The Order: 1886 seria um jogo daquele período e foi adiado para a mesma janela que agora Uncharted 4 ocupa no próximo ano. Analisando os títulos deste ano, Bloodborne teve um grande impacto no mercado. Sucesso de critica e tem vendido muito bem. Until Dawn empolgou na PlayStation Experience de 2014, mas provavelmente será lançado no verão americano, assim como Tearaway: Unfolded, Final Fantasy X/X2 HD, Everybody’s Gone to the Rapture, Ultra Street Fighter IV e a remasterização de God Of War III.
A empresa ainda tem algumas cartas na manga. O remake reimaginado de Ratchet & Clank é um titulo interessante, de uma IP amada pelos fãs de PlayStation, mas que depende do lançamento do filme homônimo. Persona 5 provavelmente vai ser o maior jogo da franquia, embora não saibamos quando o jogo sai no Japão e por consequência quando sai para o Ocidente. Hellblade, o hack & slash da Ninja Theory foi anunciado na Gamescom de 2014 com a promessa de ser lançado em 2015. Heavenly Sword e DmC: Devil May Cry (feitos pelo mesmo estúdio) foram divertidos jogos de ação. Com o poder de marketing da Sony, pode ser um grande titulo.
Alguns estúdios first party da Sony estão bem silenciosos. Sony Bend não lança um jogo desde 2012 e com certeza trabalha em algo para o PS4. Assim como a Media Molecule que lançou seu ultimo jogo para um console de mesa em 2011. Mesmo tendo feito Tearaway para o PS VIta em 2013 e portando o jogo para o PS4 esse ano, é um estúdio bem grande e que pode ter um projeto engatado para o PlayStation 4. Ainda temos a Quantic Dream, que tem um acordo de second party com a Sony para mais um jogo e que mostrou uma demo da sua nova engine na E3 de 2013.
Vindo do Japão, podemos ter Gravity Rush 2 do Team Gravity. Já vem sido falado por muito tempo que a sequência do action adventure lançado em 2012 para o PS Vita foi transferida para o Play4. E, quem sabe (podemos sonhar né?), o anuncio de que The Last Guardian será finalmente lançado no final de 2015. Shuhei Yoshida continua afirmando que o jogo está em desenvolvimento e devido ao desgaste que a Sony sofreu por esse projeto, eles não podem anunciar a volta da IP no PS4 muito antes dele ser lançado. Seis meses seria um período ideal para reacender o hype sem gerar criticas e piadinhas. A única coisa que está fácil e segura de apostar é um Uncharted Trilogy Remastered tomando o lugar do Uncharted 4 na agenda de lançamentos. Provavelmente já está sendo feito por algum outro estúdio como a BluePoint, que trabalhou com collections de franquias da Sony no passado.
Outra estrategia que a Sony pode usar no final do ano é abraçar de vez o apelido Indiestation e ter um line-up de ”Indies Premium”. The Witness, projeto de Jonathan Blow (Braid), foi um dos jogos mostrados ainda na E3 de 2013 e se esperava que fosse lançado naquele ano. Tudo indica que o perfeccionismo de Blow fez com que o titulo tenha sido adiado. Abrir o período de outono americano com um jogo de tanto prestigio pode ser uma boa pro PS4.
Outros indies exclusivos são muito aguardados pelos fãs. RIME foi considerado um dos mais promissores jogos mostrados na Gamescom 2013 e chamou atenção por ter um visual que pega referencias de Zelda: The Wind Waker, Shadow of The Colossus e Journey. The Tomorrow Children é um sandbox cooperativo que tem uma leve inspiração em Minecraft no gameplay. Um experimento soviético fundiu todas as mentes das pessoas e criou um espaço denominado de The Void. Os jogadores devem minerar e construir coisas no Void para descobrir quem está por trás disso tudo. Agradou bastante no alpha que aconteceu em fevereiro. Ambos os jogos são exclusivos do PlayStation 4 e serão publicados como IP’s da SCE.
Mas o peso pesado para bater de frente com os triple A seria No Man’s Sky. Depois de ser anunciado na VGX de 2013, o sandbox no espaço da Hello Games gerou muito burburinho na mídia e foi confirmado como um titulo exclusivo (pelo menos temporariamente) do PS4. Com aparições de impacto na E3 2014 e na primeira PlayStation Experience, a Sony aposta muito no game e tem utilizado sempre como um trunfo.
Adicione ainda alguns títulos digitais menores como Alienation , Shadow Of The Beast, N++, Alone With You e jogos free-to-play como KillStrain e Drawn To Death, e a Sony pode ter um catalogo que agrade muito os seus fãs.
Um fato que já sabemos é que varias companhias third party estão com parcerias com a divisão PlayStation. Star Wars Battlefront e Black Ops 3, dois dos maiores jogos do ano tem um acordo de marketing com o console da Sony, e podemos esperar até bundles com os jogos.
Devemos ter um parâmetro melhor após a E3, mas o PlayStation 4 precisa de alguns títulos atraentes para encarar Xbox One e a Microsoft.
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