0

Nes (Nintendinho) em 20 jogos

O NES, ou mais carinhosamente conhecido como Nintendinho no Brasil, completou 35 anos de idade do seu lançamento norte-americano em 2020 e o Reloading não poderia deixar a data passar batida – ainda que em uma matéria feita aos 45 do segundo tempo. Apesar de no Brasil o Master System ter sido mais forte na época, principalmente por causa do apoio da Tec Toy, é inegável a influência que o NES teve no mercado e como criou convenções que ecoam até hoje na indústria.

A Nintendo já era uma empresa centenária e com um arcade de enorme sucesso (Donkey Kong) no início dos anos 80 quando resolveu ir mais a fundo no mercado doméstico, onde o seu Game & Watch já causava barulho e era um sucesso. Ela enxergava a tendência dos jovens para a tecnologia e não podia ficar obsoleta, já que um dos segmentos onde atuava era o de brinquedos. Mas o NES tinha um sério problema para resolver antes dessa ideia de expansão seguir em frente.

A Universal Pictures processou a empresa por enxergar semelhanças entre o personagem da Nintendo, Donkey Kong, com um dos seus grandes clássicos do cinema, King Kong. Coube ao advogado contratado Kirby e sua equipe desmistificarem a acusação em juízo. Depois de semanas de pesquisa no Japão, conversas com a equipe e um estudo em cima do material tanto do filme quanto do arcade, Kirby tinha certeza da falta de vínculo entre as obras e conseguiu provar isso no tribunal. A Nintendo, como agradecimento, criou um personagem redondo e fofinho a sua imagem – sim, o nome não é mera coincidência. Kirby faleceu em 2019.

Com o caminho aberto, a Nintendo precisaria transpor um outro grande problema: o recente fracasso da Atari, que deixou uma péssima imagem no mercado de consoles caseiros nos Estados Unidos. O Famicom, como era chamado no Japão e havia sido lançado em 1983, precisou passar por um enorme rebrand antes de chegar em terras estrangeiras para tentar apagar essa imagem e também se adaptar ao gosto dos jovens de lá, que tinham uma cultura muito diferente da nipônica.

O primeiro passo foi mudar totalmente o conceito. Saem os plásticos de cores estranhas (escolhidas por preferência pessoal do presidente da Nintendo), os fios embutidos (agora seriam acopláveis), o visual meio brinquedo (a aparência clássica com uma porta que abre e tons de cinza foi inspirada no carro DeLorean, ultra pop) e o nome, que de um mashup de palavras (Family Computer) se transformou em algo mais tecnológico, Nintendo Entertainment System, dando uma ideia de futuro, de tecnologia avançada, de diversão adulta. Diferenças à parte, Nintendinho é muito mais carismático, perdão.

Com as devidas adaptações feitas, era hora de testar o mercado. E o local escolhido para um lançamento restrito foi justamente Nova York, no Natal. Se vendesse lá, venderia em qualquer lugar. Não dá para dizer que foi uma febre instantânea, mas o NES superou todas as expectativas e isso motivou a Nintendo a fazer um lançamento nacional. Aí sim. Resultado? Um verdadeiro fenômeno.

O sucesso foi tão grande que a Nintendo chegou a ter mais de 90% do mercado e tornou um mercado falido em bilionário em poucos anos. Você não jogava mais videogame; você jogava Nintendo. Todas as crianças queriam um e isso fez a empresa subir um pouco no salto alto. Obrigava as desenvolvedoras a pagar taxas altíssimas pelos cartuchos. Era super exigente na seleção de seu catálogo, o famoso selo de qualidade. Inibia as revendedoras, que queriam uma fatia do sucesso, a não darem espaço para a concorrência (uma história que precisa ser contada com mais detalhes quando formos falar do Genesis; aqui, nosso querido Mega Drive).

A Nintendo lançou periféricos para o console. Tipo, muitos. Os mais famosos talvez tenham sido sua pistola Zapper (Duck Hunt foi cortado de última hora da lista, mas como eu amava aquele jogo), o robô R.O.B. (que chegou a vir em alguns kits, mas tinha poucos jogos compatíveis) e a Power Glove (que ficou marcada pela aparição na propaganda de uma hora e meia de Mario 3, conhecida formalmente como o filme O Gênio dos Videogames). Foi também inovadora: no controle, saem os manches dos arcades e entra o hoje tradicional botão em direcional.

Tentando se manter relevante com os jovens, a Nintendo fez em 1990 um campeonato nacional que foi um sucesso e é lembrado até hoje, o Nintendo World Championships. Uma fita exclusiva continha 3 jogos adaptados: versões de Super Mario Bros., Rad Racer e Tetris e serviam como base de competição entre os inscritos.

Como foram produzidas pouquíssimas unidades, são alguns dos cartuchos mais raros (e caros) do mundo. Depois de seletivas regionais, um grande evento foi realizado para a grande final, na Universal Studios (olha a ironia, depois do processo), com direito a super produção, luzes para todos os lados, máquina de fumaça e um DJ da MTV tocando as músicas do momento.

Os jogos eram difíceis. Alguns, injustos até. O mundo era diferente, havia poucos jogos disponíveis e a Nintendo precisava fazer você continuar interessado e sempre comprando novos jogos. Como parte de sua estratégia, ela primeiro criou a Nintendo Power Line, um serviço telefônico (não existia a internet como conhecemos, né?) não gratuito, onde as pessoas ligavam para especialistas treinados (e com um fichário enorme para colar) para tirar dúvidas e se localizarem nos jogos.

Pegando carona também na onda impressa do Japão, a empresa criou ainda a Nintendo Power, revista exclusiva que trazia, além de informações, os primeiros detonados oficiais, com direito a mapa e tudo. Uma nova febre. Além de desenhos, bonecos e muitos outros produtos licenciados. Um verdadeiro império. A primeira edição foi lendária por trazer um Mario em massinha em 3D, lembrando que na época só conhecíamos o encanador em modelos 2D.


Leia mais:

++ Super Nintendo em 20 jogos
++ PlayStation em 20 Jogos
++ PlayStation 2 em 20 Jogos
++ Xbox 360 em 20 jogos


Meu Nintendinho!!!!

Dessa vez, não tenho muito o que falar sobre a minha história pessoal com o console, já que fui possuidor de um Master System quando criança e meu pai obviamente não me deu os dois – e, para ser sincero, naquela época eu nem ligava para isso. Meu primeiro Nintendo foi um Snes, como muitos de vocês que estão lendo. Porém, hoje em dia tenho um Nes com alguns cartuchos clássicos, presentes da minha tia, que iria se desfazer, mas resolveu dar para mim. Nem acreditei.

Mesmo quem teve Nes naquele tempo, dificilmente foi um original Nintendo. Além de caro, por muito tempo não teve suporte oficial no Brasil, onde os clones feitos através de engenharia reversa reinavam absolutos. Os mais famosos foram Phantom System, Dynavision e o Top Game, da CCE. Eles executavam normalmente os jogos de Nes. Na época, os jogos japoneses e americanos se diferenciavam na carcaça do cartucho, sendo divididos entre 60 e 72 pinos. Alguns clones tinham slots para os dois tipos. Muitos anos depois, já na era PlayStation, clones ainda eram fabricados, sendo o mais conhecidos dele o PolyStation, que foi o pesadelo de muitos jovens que ganharam presentes de desavisados parentes.

Com a história situada, bora ao que interessa: a lista com 20 jogos selecionados a dedo que representaram a experiência de se ter um Nintendinho no final dos anos 80.


Batman: Return of the Joker (1991)

Por muito tempo, jogos do Batman estavam relacionados a algum tipo de licença de uma outra mídia, sejam filmes ou séries. Este aqui é diferente, um raro material totalmente original, com gráficos espetaculares (parecem uma geração acima) e uma jogabilidade que trazia certos avanços em relação ao jogo anterior, tais como a possibilidade de deslizar pelos cenários ou utilizar as famosas bugigangas em seu cinto de utilidades.


Battletoads (1991)

Famoso por nem sempre ser totalmente honesto em seus desafios, a boa verdade é que este Battletoads era divertido pra caramba, com personagens carismáticos e fases bastante variadas, que iam desde um Beat ‘em up, descidas em rapel antes disso virar moda e progressão lateral de motos. Os gráficos também se destacavam, principalmente se compararmos ao início da geração, e o estilo usava e abusava de muito humor pastelão. Apela muito pra memorização ao invés do reflexo, mas o tempo acabou transformando esse defeito em folclore (viva os save states /risos).


Bionic Commando (1988)

Além de ser um competente de ação, este chama a atenção por ter sido censurado nos EUA, como muitos jogos daquela época. No original japonês, a ideia dos vilões é reviver Hitler, algo que foi cortado no ocidente, mantendo apenas seu visual. A originalidade deste título vem do fato dele ter muitos elementos de plataforma, mas sem a habilidade de pulo: tudo era feito através de um braço biônico. É necessário cuidado ao selecionar os itens antes de iniciar cada fase, já que você não pode mudar isso depois que as iniciar e algumas podem ser até impossíveis de serem finalizadas sem os itens corretos.


Castlevania III: Dracula’s Curse (1989)

Talvez o melhor Castlevania daquela geração, passa-se antes dos dois primeiros e traz uma ação honesta e direta aproveitando todos os recursos que fizeram da série um sucesso. Uma das grandes novidades é a possibilidade de se escolher um de três companheiros para a sua aventura. Além de mudarem o gameplay, eles também interferem no final visto, dependendo de quem estiver ao seu lado antes de derrotar Drácula – este, aliás, entra em torpor no final deste jogo, acordando apenas 320 anos depois, durante o clássico Symphony of the Night. Foi usado como base para a série animada da Netflix.


Contra (1987)

Inspirado nos mais diversos filmes de ação dos anos 80, este semi bullet hell em formato de jogo de tiro é difícil pra caramba. De jogabilidade simples e direta, você encontra power ups e ganha vidas extras no decorrer das fases enquanto vai cometendo um verdadeiro extermínio, sempre enfrentando chefes impositivos ao final. Um de seus grandes diferenciais é a possibilidade de dividir as fases com um amigo, em um coop de sofá raiz que naquele tempo não era tão comum.


Dragon Warrior (1986)

Uma das maiores febres no Japão, este JRPG pode parecer simplório hoje, mas estabeleceu uma série de padrões que se tornaram convenções ao gênero – além, claro, da já imensamente citada arte de Toriyama. A exploração de cidades se intercala com de dungeons, sempre com uma visão superior; a primeira pessoa entra apenas nos combates, que acontecem aleatoriamente pelos mapas não seguros. Conhecido como Dragon Quest no ocidente, brilhou em histórias e abordagens, mesmo com a censura em relação a alguns temas adultos e religiosos, mas ganhou um tapa nos gráficos.


Duck Tales (1989)

Febre com a criançada na TV, nos videogames recebeu uma adaptação bastante honesta e criativa: tio Patinhas usa sua bengala como diferencial para enfrentar os desafios, podendo pular em espinhos e nos inimigos sem morrer, enquanto recolhe tesouros para ser o pato mais rico do mundo. Assim como Mega Man, possui a possibilidade de progressão não linear, com escolhas de fases. Não à toa, foi desenvolvido e publicado pela Capcom e divide até uns nomes importantes da equipe, tais como Keiji Inafune (artista) e Nobuyuki Matsushima (programador).


Excite Bike (1984)

Talvez seja o perfeito exemplo do porquê o NES chamou atenção graficamente à época. Lançado no Japão apenas um ano após o crash dos videogames nos EUA, chegou como um dos títulos de lançamento do novo console da Nintendo e era um salto gigantesco para o que as pessoas estavam acostumadas em casa com o Atari. Corrida de motinha simples, divertida e direta, sem muita frescura. Como todo bom arcade deve ser. Use as setas pra controlar inclinação e os botões para aceleração sem deixar a motoca super aquecer.


Final Fantasy (1987 / 1990)

Escrevo este texto no mesmo dia em que completa 33 anos de lançamento japonês – que honra. Seria a última cartada da Square como empresa, mas acabou se tornando seu principal carro chefe. E é um jogo muito redondo, com bons gráficos, algumas músicas que superam como um milagre a limitação técnica e uma história simples, mas super imersiva sobre quatro jovens que precisam cumprir uma profecia para salvar o planeta. Um mapa imenso para se explorar, que vai tendo suas fronteiras liberadas de acordo com o veículo que é desbloqueado para o jogador. Tão difícil quanto mágico.


Kid Icarus (1986)

Apesar de estar graficamente abaixo dos grandes clássicos do Nes, Kid Icarus tem outras qualidades que o elevam a um clássico do console. Desenvolvido pela mesma galera de Metroid, seu escopo de gameplay consiste em explorar lateralmente e verticalmente os mapas em busca dos chefes e recolhendo seus tesouros, tudo tematizado com conceitos mitológicos. Quando todos são encontrados, o jogo muda completamente para um shooter de progressão lateral no melhor estilo dos jogos de navinha. Mais um exemplar de dificuldade elevada do console.


Kirby’s Adventure (1993)

No apagar das luzes do Nintendinho, um jogo inspirado no advogado que salvou a empresa do processado contra a Universal fechou a conta com chave de ouro. A aventura de Kirby é carismática, fofinha e ainda lotada de fases interessantes, que exploram o conceito de absorver os adversários junto de seus poderes, aumentando consideravelmente as possibilidades de design dos estágios. Se pararmos para pensar que saiu apenas um antes de Donkey Kong Country, isso mostra a longevidade que a Nintendo deu ao console.


The Legend of Zelda (1987)

Inspirado nas caminhadas que Miyamoto fazia quando jovem, Zelda é diferente de tudo o que havia. Seu mundo era completamente aberto, cheio de segredos (alguns quase impossíveis de descobrir sem ajuda), o jogador podia explorar da maneira que achasse melhor – mas necessitava de uma certa ordem para progredir. Os upgrades, diferente de outros jogos, ficavam permanentemente no seu inventário e corações deixavam Link com mais life para sua aventura. Por sua mistura tão equilibrada entre ação, aventura e RPG, é até difícil encaixá-lo em um gênero em específico. Existem poucos jogos como Zelda no mercado, mesmo depois de sua transição pro 3D, e nenhum é tão bom quanto. “It’s dangerous to go alone! Take This.


Mega Man 2 (1988)

Depois do sucesso do primeiro título, Mega Man 2 deu um belo upgrade em praticamente todas as arestas e entregou um jogo muito mais encorpado e com ainda mais personalidade, desde sua tela de título emblemática a chefes marcantes e engenhosos. Engraçado que foi todo feito durante o tempo livre dos funcionários da Capcom e até aproveitou material não utilizado do primeiro jogo. O esquema é o mesmo: escolher a fase e absorver o poder do chefão final após derrotá-lo, onde a ordem vai influir diretamente na dificuldade do jogo, já que um poder é super efetivo contra determinados chefes. Também foi implementado um sistema de password, para não ser necessário reiniciar toda vez a jornada.


Metroid (1986)

Pode falar o que for de Metroid, mas não existe jogo mais imersivo do que ele. É solitário, com trilha que reforça isso e gráficos que compõem labirintos para se perder por vários e vários dias seguidos – desenhe seu próprio mapa em folhas quadriculadas, pois não há um no jogo para se guiar. A trama é ficção científica até dizer chega e o seu final, hoje explanado, trouxe uma daquelas revelações chocantes, apresentando uma das primeiras protagonistas dos games, das melhores, quando descobrimos que Samus Aran é, na verdade, uma mulher. Conforme se avança, mais habilidades são descobertas, destravando áreas antes inacessíveis do cenário – o conceito básico de seu gameplay.


Mike Tyson’s Punch-Out!! (1987)

Mike Tyson voltou a lutar recentemente aos 54 anos, mas nos anos 80 era a verdadeira besta enjaulada do esporte. Sua presença foi imortalizada nesse jogo de boxe mais estiloso, com tons cômicos precisos e personagens exagerados e caricatos. O gameplay era um pouco estático, mas isso foi fundamental para o seu design funcionar. Ele consiste mais no conceito de entender os padrões de ataques dos adversários e desviar dos seus golpes no tempo certo para contra atacar do que na ação propriamente dita. Acaba sendo mais em cima do reflexo, do ritmo, do que no amassar botões desenfreadamente.


Ninja Gaiden 2 (1990)

Pega tudo o que o primeiro havia construído e exponencia. Segue absurdamente difícil, com uma grande quantidade de encontros com inimigos, mantendo o interesse por sua temática (anos 80 / 90 = ninja lovers), consegue criar set pieces antes mesmo dessa expressão se tornar íntima a games (amo as tomadas como a da foto acima e, em especial, o cenário que se ilumina de acordo com os raios, espetacular), além de expandir pontos antes limitados da sua jogabilidade, como escalar ou descer pelas paredes (antes só era possível grudar nelas). Para fechar com chave de ouro, uma história acima da média dividida em “atos” ao invés de fases.


River City Ransom (1989)

Um dos grandes gêneros daquela geração foi a famosa briga de rua. Este RCR conseguiu chamar a atenção por ter uma jogabilidade bacana, que aproveita de certos clichês como os itens no chão, mas traz algo novo. Primeiro, a liberdade ao explorar os ambientes. Outro grande diferencial foi o fato de trazer upgrades de estatísticas, aproximando-o um pouco de RPGs, através de livrarias ou lojas no estilo fast-food. Afinal, no meio daquela pancadaria toda, eles precisam se alimentar, não é mesmo?


Shatterhand (1991)

Com uma biblioteca tão vasta, é claro que o Nes tem uma série de pérolas não exploradas, as tais hidden gems. Shatterhand é um desses casos. Plataforma de ação que é uma mistureba do que fez sucesso em outros títulos do console, o protagonista sai na porrada com os inimigos e usa o braço até mesmo para interceptar projéteis, já que ele é biônico. Uma das características é que, conforme avança pelas fases, junta peças que podem invocar oito tipos diferentes de robôs, dependendo de quais você irá recolher e combinar. Eles podem ser convocados e te ajudam naquele caminho. Tem um pouco de Mega Man, de Castlevania, de Ninja Gaiden… E o que todos eles tem em comum? Sim, a dificuldade. E Shatterhand é difícil pra caramba.


Super Mario Bros. 3 (1988 / 1990)

A adaptação do arcade de Donkey Kong foi a fagulha que acendeu o motor. O primeiro Super Mario Bros, de 1985, colocou o Nes no cenário. Mas foi com essa terceira edição que a franquia alcançou um nível acima de tudo o que vimos em jogos de plataforma até hoje. SMB3 não é só maior: ele tem fases variadas, um World Map com caminhos alternativos, novos power ups e a possibilidade de administra-los dentro ou fora das fases. Passear pelos cenários bem desenhados sempre foi muito divertido e os gráficos eram lindos e estilizados como uma peça de teatro interativa. O atraso entre a versão japonesa e a americana, por causa da escassez de chips naquela época, acabou dando a oportunidade da Nintendo trabalhar pesadamente no seu marketing, inclusive lançando um filme propaganda chamado The Wizard. Um clássico e talvez o melhor jogo do aparelho.


TMNT 2: The Arcade Game (1990)

Um dos grandes trunfos do Nes foi ter adaptações, ainda que longe da perfeição, mais próximas dos arcades do que era na época do Atari. Este TMNT2 não tinha os diferenciais entre os personagens (eram todos iguais, só com visuais diferentes), os gráficos eram muito inferiores (muito menos detalhados e com menos cores), mas o jogo era tão, mas tão bom, que passava por cima disso tudo e entregava uma experiência próxima, mas no chão de sua casa (quem sentava no sofá nos anos 80?). Para compensar, esta versão tem duas fases inéditas.